sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Expoativa abre sob tempo oscilante

Produção de arroz marcou encontro sob o clima incerto desta quinta-feira


A estrela maior não poupou esforços para iluminar o primeiro dia da Expoativa. O sol manteve-se brilhante e escaldante desde as primeiras falas do anfitrião Rodrigo Costa, presidente do Sindicato Rural de Pedro Osório e Cerrito (SRPOC), até o agradecimento final do último palestrante do III Encontro de Culturas Irrigadas da Zonal Sul, quando desabou uma breve chuva de primavera. O evento técnico realizado pelo Instituto Riograndense do Arroz (IRGA) no Pavilhão Tecnológico preencheu esta quinta-feira (2) com explanações a cerca da cadeia produtiva do cereal.

Arroz no foco do primeiro dia
Pós-colheita em pauta

Experiência em secagem e armazenamento dentro da propriedade rural, viabilidade econômica e implantação da tecnologia compuseram as discussões matutinas, iniciando com a exposição do conhecimento na prática do engenheiro agrônomo Carlos Alberto Irribaren em sua lavoura no Capão do Leão.
Logo após o engenheiro agrícola Paulo Trotta falou sobre a viabilidade econômica de unidades de beneficiamento de grãos expondo uma comparação entre o processo próprio e o terceirizado. Segundo ele, o beneficiamento interno garante maior controle da qualidade do produto, reduz gastos com frete, evita danificação dos grãos no transporte, possibilita o aproveitamento do subproduto para alimentação animal e abre a propriedade para prestação de serviços a produtores vizinhos. Trotta ainda destacou que atualmente existem linhas de crédito com juros acessíveis, fala que deu a deixa para que o BRDE e o Banco do Brasil expusessem suas propostas aos produtores rurais.
As questões biológicas que implicam nos processos de secagem e armazenamento e até mesmo no comércio do cereal foram abordados pelo engenheiro agrônomo e professor Dr. Moacir Cardoso.

Mercado internacional
Após o almoço, o Encontro foi transferido para o auditório móvel do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). Em ambiente climatizado, os produtores rurais e demais ouvintes envolvidos na cadeia do arroz puderam apreciar as falas dos diretores da Expoente Corretora, Jair Almeida Silva, e da Ei-Log Exportação, Importação e Logística, Fernando Estima, sobre o tema Políticas Públicas e Mercado de Arroz. A mesa-redonda contou com a mediação do presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pelotas (AEAPEL), Eugênio Schröder.
Jair Almeida destacou a necessidade do produtor visualizar de forma mais abrangente o mercado de arroz e abrir-se as possibilidades de negócios internacionais citando a atuação de países do Mercosul como Uruguai e Argentina, que tem aumentado seus incrementos através da exportação. Ele destacou que as mudanças expressivas do mercado são inevitáveis e precisam ser levadas em consideração, como a necessidade de inserção no âmbito mundial, as questões cambiais, principalmente a relacionadas ao dólar (moeda cuja gangorra de valorização influencia diretamente nas negociações) e a lei “irrevogável” de oferta e procura. Entre as diversas colocações do segundo participante da mesa e último palestrante do dia, Fernando Estima, destaca-se a valorização do arroz brasileiro para fins de exportação e a importância do estabelecimento e manutenção de boas relações nacionais e internacionais com os envolvidos na cadeia produtiva, desde a lavoura ao consumidor final. Estima enfatizou a necessidade do produto tornar-se internacional através de sua marca. Para padronização do arroz brasileiro perante o mercado mundial, ele apresentou uma proposta elaborada junto a Agência Brasileira de Promoção da Exportações e Investimentos (APEX): a marca Rice Brasil, identidade visual e conceitual alicerçada na qualidade do produto nacional.

Confira a programação dos próximos dias no site: http://www.expofeira.com.br/

 Assessoria de Imprensa

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